Imagem ilustra a polêmica do jogador Lyanco, do Atlético, que utilizou termos machistas em provocação ao Cruzeiro.
Após ser alvo de ofensas homofóbicas da torcida do Cruzeiro, o zagueiro Lyanco, do Atlético, gerou nova polêmica ao usar termos machistas e homofóbicos em uma publicação nas redes sociais.
Polêmica: Zagueiro Lyanco, do Atlético, usa termos machistas em provocação ao Cruzeiro
Após ser alvo de ofensas homofóbicas da torcida rival. O zagueiro Lyanco, do Atlético, gerou nova controvérsia ao usar termos machistas e homofóbicos para ironizar a derrota de sua equipe.
Entenda o Caso
A derrota do Atlético para o Cruzeiro por 2 a 0, que resultou na eliminação do Galo da Copa do Brasil, teve um desdobramento polêmico nas redes sociais.
Alvo de gritos homofóbicos da torcida Cruzeiro durante o jogo no Mineirão, o zagueiro Lyanco respondeu de forma inadequada em uma publicação no Instagram.
Em seu perfil, o jogador publicou uma mensagem onde, além de falar sobre a derrota, usou expressões machistas e grosseiras para provocar o rival.
A frase, que rapidamente gerou repercussão negativa, dizia: "Boa a todas as meninas, menstruaram e viraram mocinhas!". O texto, que também fazia uma referência questionável à masculinidade, foi editado posteriormente, substituindo a ofensa por um simples "Boa a todas".
Essa não é a primeira vez que Lyanco se envolve em polêmicas. Conhecido por sua postura aguerrida em campo, o zagueiro já teve desavenças com jogadores do Cruzeiro em clássicos anteriores.
Análise: A Resposta Desproporcional e a Urgência por Ética no Esporte
O episódio Lyanco x Cruzeiro vai além de uma simples provocação. É um retrato preocupante de como o futebol, um esporte que deveria unir, continua a ser palco de discursos de ódio.
Embora as ofensas vindas da torcida do Cruzeiro sejam inaceitáveis e devam ser combatidas, a resposta do camisa 4 do Atlético foi igualmente problemática.
Em vez de usar a plataforma para condenar a homofobia, o jogador Lyanco optou por uma retórica que reforça estereótipos de gênero e desrespeita mulheres.
Desde 2019, a homofobia é criminalizada no Brasil. A determinação está atrelada à Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”.
A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. Por isso, ainda que usado o termo de homofobia para definir essa lei, todas as outras pessoas LGBTQIA+ são contempladas.
Atitudes como essa demonstram uma falta de preparo para lidar com a pressão e, mais grave, a ausência de uma compreensão real sobre a responsabilidade de ser uma figura pública.
O uso de termos como “mocinha” ou “menstruar” para diminuir um adversário, não só perpetua o machismo, como também mostra que ainda há um longo caminho a percorrer na educação de atletas sobre respeito e diversidade.
Para o bem do esporte, é crucial que os clubes e federações atuem de forma mais incisiva para combater esse tipo de comportamento.

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