Ataque do Atlético-MG amarga jejum de gols há 12 jogos e preocupa Sampaoli

Hulk e Cuello, em agosto, contra o Godoy Cruz.
Último gol de Rony pelo Atlético-MG foi no dia 1º de junho — Foto: Fernando Moreno/AGIF

 Setor ofensivo do Galo não marca há 12 jogos. Últimos gols foram de Hulk e Cuello, em agosto, contra o Godoy Cruz.

O Galo está perdendo sua identidade oficial, um Galo Forte e Vingador. O placar do Atlético e Juventude terminou empatado. O jogo ao vivo do Galo e Juventude parecia mais morto do que vivo. 

galo vive fase difícil 

O Atlético-MG vive uma fase complicada no setor ofensivo. Já são 12 jogos seguidos sem gols de atacantes, um jejum que expõe a falta de eficiência no terço final e preocupa a torcida e a comissão técnica. Ate a vibração do moscote do Galo está morna. O Arena MRV já não brilha como antes. 

A última vez que um atacante balançou as redes foi em 14 de agosto, na vitória por 2 a 1 sobre o Godoy Cruz, pela Copa Sul-Americana, com gols de Hulk e Cuello, ambos na Arena MRV. 

Desde então, apenas jogadores de outras posições, como o meia Bernard, conseguiram marcar, mas sem quebrar o incômodo tabu do setor ofensivo.

Sampaoli admite dificuldade

Após a derrota por 1 a 0 para o Botafogo, no Nilton Santos, o técnico Jorge Sampaoli reconheceu as falhas no ataque:

"Temos que melhorar o time no terço final. Precisamos criar mais alternativas ofensivas, porque não estamos conseguindo transformar a vantagem em gols."

Rony desabafa e Hulk vive seca ainda maior

Na última terça (30), após o empate em 0 a 0 com o Juventude, o atacante Rony desabafou sobre sua seca, que já dura desde 1º de junho, contra o Ceará:

"Vou continuar de cabeça erguida, trabalhando. Sei que essa tempestade vai passar. Tenho fé de que as coisas vão acontecer."

Hulk, principal referência do time, também amarga um longo jejum. Ele é o quinto jogador que mais finaliza no Brasileirão (51 tentativas), mas tem recebido poucas bolas dentro da área.

 Segundo levantamento do comentarista Henrique Fernandes, apenas 29,4% de suas finalizações foram dentro da área em jogadas trabalhadas.

Em 2021, o atacante finalizou 101 vezes, com mais de 50% das tentativas originadas dentro da área — números que mostram uma queda significativa na qualidade das oportunidades.

"Hulk é vítima de um ataque improdutivo. O time não consegue criar boas dinâmicas ofensivas, e isso vem desde a época de Cuca. Sampaoli tenta corrigir, mas o problema é coletivo", analisou Henrique Fernandes.

Jejum dos atacantes do Atlético-MG

  • Hulk: último gol em 14/08 contra o Godoy Cruz
  • Cuello: último gol em 14/08 contra o Godoy Cruz (lesionado)
  • Rony: último gol em 01/06 contra o Ceará
  • Júnior Santos: último gol em 12/06 contra o Internacional (lesionado)
  • João Marcello: ainda não marcou pelo Galo
  • Biel: ainda não marcou pelo Galo
  • Dudu: ainda não marcou pelo Galo

Situação preocupa para reta final

Além da luta contra a instabilidade no Brasileirão, o Galo também disputa a semifinal da Copa Sul-Americana. Para voltar a vencer com regularidade, a quebra desse jejum do ataque se tornou prioridade.

A torcida espera que os atacantes recuperem a confiança e transformem volume de jogo em gols — algo que pode definir o destino do Atlético-MG na temporada.

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