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| Elenco do Atlético-MG Foto: Pedro Souza |
A partida entre Atlético-MG e Vasco, marcada para as 16h deste domingo (7), na Arena MRV, não será apenas o último compromisso do clube em 2025. O duelo também marcará a despedida de vários jogadores que não farão parte do elenco na reconstrução de 2026.
A diretoria alvinegra já confirmou que o processo de reformulação é inevitável, mesmo sem revelar oficialmente os nomes que sairão.
Em uma temporada marcada por frustração, irregularidade técnica e um ambiente pesado que tomou conta até mesmo da Cidade do Galo, em Vespasiano, a necessidade de renovação ficou evidente. Como acompanhamos ao longo de nossos textos no galo360.com.br, o Atlético-MG vive um dos anos mais turbulentos da última década — algo que ficou refletido dentro e fora de campo.
Opinião – A fase do Galo exige coragem e mudança
Do ponto de vista editorial do Galo360, essa reconstrução não é apenas necessária: é urgente. O torcedor atleticano, acostumado a ver um clube protagonista em finais lutando por títulos.
Algumas peças simplesmente não encaixaram, outras não renderam o esperado, e há atletas que já demonstram desgaste emocional e técnico. Renovar não é só trocar nomes — é reconstruir identidade.
A derrota na final da Copa Sul-Americana de 2025 marcou o terceiro vice consecutivo do Atlético-MG em apenas um ano. Depois de cair diante do Flamengo na decisão da Copa do Brasil 2024 e perder o título da Libertadores para o Botafogo no mesmo ano, o Galo voltou a sentir o peso de mais uma final.
Desta vez, a equipe mineira acabou superada pelo Lanús, da Argentina, nos pênaltis, ampliando a sequência amarga de decisões frustradas e acentuando ainda mais a pressão sobre o clube.
O Atlético-MG precisa resgatar sua essência competitiva, aquela que sempre fez de Minas Gerais um território de respeito para qualquer adversário. 2026 deve começar com postura, profissionalismo e, principalmente, com um elenco disposto a honrar o peso da camisa alvinegra.
Situação de cada jogador do elenco do Atlético-MG
Goleiros
- Everson – contrato até 2027; segue como titular absoluto.
- Gabriel Delfim – deve continuar.
Zagueiros
- Junior Alonso – contrato até 2026; futuro indefinido.
- Ivan Román – contrato até 2029; segue nos planos.
- Ruan Tressoldi – contrato até 2026; permanece a princípio.
- Vitor Hugo – contrato até dezembro; futuro incerto.
- Lyanco – contrato até 2029; lesionado, mas permanece.
Laterais
- Guilherme Arana – contrato até 2027; futuro indefinido.
- Caio – contrato até dezembro; deve ser devolvido ao Palmeiras.
- Natanael – contrato até 2028; deve continuar.
- Renzo Saravia – contrato até dezembro; futuro incerto.
Meio-campistas
- Alexsander – contrato até 2029; segue.
- Bernard – contrato até 2027; segue.
- Fausto Vera – contrato até 2027; deve ser negociado.
- Alan Franco – contrato até 2027; segue.
- Gabriel Menino – contrato até 2028; futuro indefinido.
- Igor Gomes – contrato até 2026; permanece.
- Patrick – contrato até 2027; futuro indefinido.
- Reinier – contrato até 2029; futuro indefinido.
- Gustavo Scarpa – contrato até 2027; futuro indefinido.
Atacantes
- Biel – contrato até 2026; deve sair.
- Cuello – contrato até 2028; segue.
- Dudu – contrato até 2027; segue.
- Hulk – contrato até 2026; segue.
- Júnior Santos – contrato até 2028; futuro indefinido.
- Rony – contrato até 2027; situação indefinida.
Conclusão – O futuro começa no domingo
O duelo contra o Vasco vale vaga na próxima Sul-Americana, mas, na prática, vale algo muito maior: é a última chance de o torcedor enxergar um mínimo de dignidade depois de um ano que será lembrado como um dos mais decepcionantes da era recente do Atlético-MG.
A Arena MRV não merece mais uma atuação apática, e o atleticano — que carregou o time no colo durante toda a temporada — merece ver um elenco comprometido, competitivo e pronto para reagir.
E é impossível falar sobre o momento do clube sem citar Hulk. O atacante, que por anos foi o centro gravitacional do elenco, hoje atravessa a pior fase desde sua chegada. O emocional de Hulk está claramente abalado, e isso se reflete diretamente em campo: pouca intensidade, decisões equivocadas e uma postura que não condiz com aquele líder que já decidiu jogos importantes sozinho.
O problema é que o Atlético, há muito tempo, funciona como um time moldado ao redor do Hulk. Quando ele está bem, tudo anda; quando ele cai, o time desmorona junto. Essa dependência se tornou nociva, e 2026 não pode ser mais um ano preso a um modelo que já não funciona.
A verdade é dura, mas precisa ser dita: chegou o momento de a direção do clube fazer uma escolha. Ou o Atlético-MG reencontra seu rumo, ou permanece refém de uma peça que já não entrega o que entregava antes. A reconstrução começa justamente em decisões difíceis — e essa lista de saídas, por mais dolorosa que seja, é apenas o primeiro passo para um Galo mais forte e menos dependente.
O torcedor quer um novo Atlético. E está na hora do clube querer também.

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